Sunday, December 23, 2007

Antigamente eu esperava o Natal como o dia em que ficava cheeinha de presentes, de chocolates
e de todas as coisas boas que uma criança pode imaginar possuir - todos os brinquedos ansiados e longamente esperados depois de muitas orações para fazer com que o Menino Jesus olhasse para o meu sapatinho e me colocasse lá tudo o que eu desejava.
Isso não acontecia, mas eu não ficava desiludida porque havia sempre coisas suficientes para regalar os olhos e a imaginação, nos olhos das bonecas que eram deixadas, primeiro na chaminé e depois na árvores de Natal.
Os anos passaram e agora que não preciso nem de bonecas nem de chocolates, peço simplesmente que o Natal se torne um dia especial, não porque se calam as armas nesse dia, mas porque aspiro a que seja o "restart" para um mundo mais equilibrado onde todos possamos viver melhor do ponto de vista ambiental, em que todos os seres humanos tenham direito ao trabalho, ao pão, ao abrigo, à saúde, à educação, à liberdade, à justiça....enfim...a todos os valores que deviam ser a carta de direitos ao ser-se Ser Humano.
Aspiro a um mundo novo!
Bom Natal para todos!

Labels:

Friday, December 07, 2007

Post retirado do blog Momentos de Luar






Os direitos humanos e este mundo

O Dia Universal da Declaração dos Direitos Humanos comemorado no dia 10 de Dezembro emergiu no século passado e conseguiu estabelecer e codificar um amplo espectro de direitos políticos, económicos e sociais, deixando a este século a tarefa de zelar por sua completa aplicação.
A linguagem dos direitos humanos passou a fazer parte da agenda política diária: os governos julgam-se mutuamente e os programas de fornecimento de ajuda levam em conta os comportamentos nesse campo; as Nações Unidas decidem arriscadas operações em seu nome e as organizações que fazem sua defesa se multiplicam em todo o mundo.
No entanto, basta um olhar aos jornais para se comprovar que há poucos motivos para ilusões sobre a possibilidade de o homem se mostrar algum dia mais humano com seus semelhantes.
Guerra, fossas comuns, repressão política brutal,, selvagens guerras civis,, escravidão de dezenas de milhões de crianças no mundo e a morte, ano após ano, por fome e doenças, de milhões de pessoas de todas as idades.
Segundo a Amnistia Internacional, um em cada três governos empregam a tortura para silenciar a oposição política fazendo com que os direitos estabelecidos na Declaração Universal sejam mera promessa de papel.
Nessa situação, a Declaração poderia ser descrita como uma lista de boas intenções, sustentada por uma série de convénios, salvaguardados apenas por sanções morais e "carente de poder efectivo".
A Declaração deu lugar a uma quantidade de protocolos, convenções, comités e grupos de trabalho, "mas temos poucos mecanismos efectivos para proteger os direitos humanos", segundo os analistas.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi uma conseqüência directa dos horrores da Segunda Guerra Mundial e da era de ditadores que a precedeu.
Os pioneiros centraram-se na luta pela abolição da escravatura, pela mitigação dos sofrimentos da guerra e em defesa do voto feminino. O movimento sindical lutou, com êxito considerável, pelo reconhecimento dos direitos dos trabalhadores.
Com a divisão do mundo em dois blocos antagónicos durante a Guerra Fria, os direitos humanos foram sacrificados frequentemente em território da "real-politik".
No entanto, o movimento dos direitos humanos como expressão da sociedade civil obteve um impulso na década de 70 com o surgimento de grupos na Ásia, América Latina e Europa do Leste, mas infelizmente continuam situações perfeitamente insustentáveis, neste nosso mundo.
O <Sam linkado no blog Momentos de Luar, desafiaram-nos para publicar um post sobre o assunto, na contagem decrescente até ao dia 10. Correspondi pois como ser humano, mulher e cidadã do mundo, amanheço diariamente com os ecos das violações dos direitos e das oportunidades a todos os habitantes deste mundo, meus irmãos, vivam eles onde viverem.

Apesar deste ano se ter badalado muito e trabalhado o possível, neste País, contra as desigualdades, importa actuar como Sophia de Melo Breyner dizia:
“Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar”…
Não ignore, aproveite o espaço do seu blog para ajudar a fortalecer esta necessidade de justiça. Ninguém se poderá sentir bem no aconchego da sua casa e da sua família, sabendo de todas as atrocidades que diariamente, a toda a hora, acontecem neste mundo.
Vamos todos badalar esta situação em contagem decrescente até ao dia 10 de Dezembro?

Estou certa que sim!
Obrigada a todos por nos escutarem!




“A Terra é um só País e a Humanidade os seus cidadãos”
Bahá’u'llah


Labels: