Tuesday, April 18, 2006

Contigo naveguei por mares que não conheço,
Debrucei-me em balustradas de navios de brumas feitos,
Vivi tempo demais do sopro que pressentia
no teu olhar de gaivota solta,
Olhei-te então e demorei-me tentando perceber
que afinal não eras o coração que esperava.
Lambi as lágrimas do meu desespero.
Demoradamente, mastiguei-as,
tentando transformar raiva em suavidade
enxuguei-as e tentei partir para a luta
do esquecimento...

Nunca mais te consegui chamar de Amor...
A minha boca recusa-se a pronunciar o teu nome,
O meu pensamento recusa-te palavras doces,
Acordei finalmente da letargia,da dôr...
No momento em que te senti distante
desfeitos os nós que nos prendiam,
percebi que há muito te havia amortalhado
e jazias frio no vazio do meu desespero
só que eu ainda não tinha percebido...

Agora, qual criança à espera de uma carícia,
aguardo a chegada do anjo bom,
que possa reconciliar-me comigo,
fazendo lembrar-me que existo,
trazendo-me de novo a esperança,
a confiança que espero se torne abrigo
campo de flores desta nova era
onde, apesar dos trigos maduros
possa haver ainda primavera!

6 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Yo se que si.
Y tú también lo sabes.
¡¡Ánimo!!

3:11 PM  
Anonymous Anonymous said...

Ó Luz Dourada! Estás a mudar de rumo?
Tomara que seja para bem!
Beijitos,

2:45 PM  
Blogger xana said...

LUz Dourada,

merci pela tua visita. Eu vim ler-te aqui.. e gostei tanto do que li.

Deixo-te também um novo abraço. Um muito forte para ti!

4:38 PM  
Anonymous Anonymous said...

Te convido a un paseo por mis playas y a que dejes hoy tu opinión.
Acepta, por favor.

11:57 PM  
Anonymous Anonymous said...

Gostei muito do poema.
Um abraço,

3:01 PM  
Anonymous Anonymous said...

Obrigadisimo, Luz Dourada, por tu paseo por mis playas y por esa hermosa caracola que dejaste.
Bejinhos.

11:49 PM  

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