Tuesday, February 14, 2006

Tantas guerras...tantos cadáveres...tanto sofrimento...tanta falta de amor...

A TEIA A ARANHA A GUERRA
A BALA A BOMBA A SORTE
O CHÃO O SANGUE A MORTE

ASAS DE CONDOR BICOS DE TERROR
POUSADOS EM TRONCOS SONOLENTOS
GIGANTES NO SOLO A APODRECER
CANSADOS DE VIVER NA VERTICAL

UM MONSTRO QUE PASSEIA SEM PUDOR
ENTRE SOPROS ENTRE CORPOS
ENTRE CHOROS ENTRE DORES

A TEIA A SORTE A ARANHA A MORTE

A GUERRA É UMA BESTA EM MOVIMENTO
UMA FESTA DE MONSTROS PARA MONSTROS
COM MUITO FOGO MUITO APARATO
MUITO ESTRONDO E MORTOS
MORTOS MORTOS MUITOS MORTOS

A GUERRA MEU AMOR É UMA SELVA
COM CADÁVERES A FAZER DE RELVA

André Moa

1 Comments:

Blogger Luz Dourada said...

Este poeta, meu amigo, publicou um livro comigo. Este poema, sobretudo, tocou-me muito, pelos dois ultimos versos,
"A guerra, meu amor, é uma selva
com os cadáveres a fazer de relva"
esta imagem poética é a desgraça que vamos diáriamente na TV!
Quando será que este mundo vai viver em paz? Chegará o dia?

4:17 AM  

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