Saturday, April 28, 2007

Sonho-te...e entre o fogo e a água, há uma densa floresta de desejos!

Monday, April 16, 2007

Ele era assim.
Um homem que tinha perdido tudo, a mulher e os filhos num acidente,
Mais tarde a casa e os poucos haveres que tinha, pois o emprego tinha
Faltado.
Era um homem só, triste, sem ninguém. Incompreendido também.
A sociedade em que vivemos cria gente só com muita facilidade e nem
Sequer damos por isso.
Gente que por fim chega à rua; sem casa, sem família, sem amigos, sem
Emprego
É fácil cair na rua.
Em Lisboa, quem se passear pelas ruas, encontra, em várias partes da
Cidade gente coberta de uma qualquer coisa que imite um tecto para se
Proteger, ou simplesmente ouve uma tosse sem saber de onde vem.
A noite tudo tapa.

Encontrei-o uma manhã e depois outras manhãs, a dormir sobre cartões
à porta do escritório e cheguei à fala com ele.
Falava muito devagar e pouco. Foi-me contando o que
já escrevi, em várias etápes, como se estivesse sempre muito cansado.
Sim, esse deveria ser sempre o seu estado.

Eu ouvia-o o quanto podia e tentei dar-lhe várias dicas para deixar aquela vida e tentar
Ser novamente inserido socialmente. Abanava a cabeça e dizia-me:
-Quem cai na rua, nunca mais daqui sai. É como o Inferno, quando lá
Se chega ninguém de lá nos tira.

E eu falei-lhe na bondade de Deus; de Deus que não deixa ninguém de
Fora pois todos somos fruto da Sua criação.

Aos poucos começou a aceitar algumas ajudas, poucas e um dia desapareceu.
Perguntei a várias pessoas por ele. Ninguém sabia nada.
Mas um dia a porteira do prédio disse-me:

Sabe, afinal o tal mendigo morreu aqui.
Foi um vizinho que me contou.
Estava morto numa manhã de domingo e só deram por isso lá para as 2 da
Tarde.

Foi um choque, um grande choque. Acho que ficaram tantas coisas por fazer do que eu poderia ter feito…tantas coisas por dizer, mas ao mesmo tempo senti dentro de mim um baque como se ele me estivesse a dizer:
“Não chore! Eu agora estou bem! agora finalmente estou bem, quentinho, alimentado e feliz – deixei essa Terra que é madrasta e voei até ao céu, onde fui bem recebido. Aqui ninguém me excluiu!”

Este episódio fez-me e faz-me pensar muito sobre a civilização que construímos!

Que tipo de mundo gerámos para os nossos filhos para os nossos netos.
Que padrões de vida construímos, que angústias alimentamos, que desejos
Queremos ver satisfeitos. Será que o que o século XXI está a gerar é um mundo
Capaz de ser vivido ou um monstro que nos devora a toda a hora?

Quantos Zés, Marias e outros tais perdem os empregos, perdem as casas e não podem
Alimentar os filhos porque a sociedade não ajuda os perdedores. A Sociedade
Só olha para os ganhadores – quer troféus com que alimentar a vaidade e a
Superficialidade.

E às vezes ponho-me a pensar, dentro de mim, que o plano de Deus não pode ser
Este, que está tudo errado, porque nós não compreendemos completamente o
Plano que Deus pôs nas nossas mãos quando nos pôs neste planeta.

Que mundo teríamos se tivéssemos:

Unidade na diversidade?
Eliminação dos extremos de pobreza e riqueza?
Educação e instrução para todos?
Uma língua universal auxiliar?
Enfim, se todos acreditássemos que esta Terra é um só
País e a Humanidade os seus cidadãos?

Não concordam que temos que empreender uma campanha espiritual a favor
Deste princípios no mundo?

Eu acho que sim!

Sunday, April 15, 2007

O jantar bloguista de 14 de Abril, na Parede




Gentilmente postas à disposição de todos para serem admiradas, vejam as fotos da reportagem do jantar de ontem, admiravelmente feita pelo nosso amigo do blog Sete Mares, a quem agradecemos reconhecidamente esta magnifica lembrança daquele jantar.cliquem aqui

Wednesday, April 04, 2007

NESTA PÁSCOA DE 2007

Reflexão por aquilo que significa...
Olhando à nossa volta, todos os dias acontece,
porque todos os dias são imolados homens nossos irmãos.
A lição de olhar e meditar foi-nos dada e nós continuamos, distraidamente, a olhar sem ver...
Desejo-vos uma Páscoa, espiritualmente muito rica!