Saturday, February 25, 2006

Origem do Carnaval Brasileiro...





Como começou...

"Ao contrário do que se imagina, a origem do carnaval brasileiro é totalmente européia. A comemoração carnavalesca data do início da colonização, sendo uma herança do entrudo português e das mascaradas italianas. Somente muitos anos mais tarde, no início do século XX, foram acrescentados os elementos africanos, que contribuíram de forma definitiva para o seu desenvolvimento e originalidade.

Foi, portanto, graças a Portugal que o entrudo desembarcou na cidade do Rio de Janeiro, em 1641. O termo, derivado do latim "introitus" significava "entrada", "começo", nome com o qual a Igreja denominava o começo das solenidades da Quaresma.

No entanto, as festividades do entrudo já existiam bem antes do Cristianismo, eram comemoradas na mesma época do ano e serviam para celebrar o início da primavera.
Com o advento da Era Cristã e a supremacia da Igreja Católica, passou a fazer parte do calendário religioso, indo do Sábado Gordo à Quarta-feira de Cinzas.

Tanto em Portugal, como no Brasil, o Carnaval não se assemelhava de forma alguma aos festejos da Itália Renascentista; era uma brincadeira de rua muitas vezes violenta, onde se cometia todo tipo de abusos e atrocidades. Era comum os escravos molharem-se uns aos outros, usando ovos, farinha de trigo, farinha, cal, goma , laranja podre, restos de comida, enquanto as famílias brancas divertiam-se nas suas casas derramando baldes de água suja nos que passavam, "num clima de quebra consentida de extrema rigidez da família patriarcal".

Foi esse Carnaval mais ou menos selvagem que desembarcou no Brasil com as primeiras caravelas portuguesas e os primeiros foliões.

Com o passar do tempo e devido a insistentes protestos, o entrudo civilizou-se, adquiriu maior graça e leveza, substituindo as substâncias nitidamente grosseiras por outras menos comprometedoras, como os limões de cheiro (pequenas esferas de cera cheias de água perfumada) ou como os frascos de borracha ou bisnagas cheias de vinho, vinagre ou groselha. Estas últimas foram as precursoras dos lança-perfumes introduzidos em 1885.

No tocante à música, tudo ainda era muito precário; o entrudo não possuía um ritmo ou melodia que o simbolizasse.

Apenas a partir da primeira metade do século XIX, com a chegada dos bailes de máscaras nos moldes europeus, foi quando se notou um desenvolvimento musical mais sofisticado..."


In"Antologia Musical Popular Brasileira"

Belíssimo Carnaval para todos!

Monday, February 20, 2006

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Saturday, February 18, 2006

Porque te tengo y no
porque te pienso
porque la noche está de ojos abiertos
porque la noche pasa y digo amor
porque has venido a recoger tu imagen
y eres mejor que todas tus imágenes
porque eres linda desde el pie hasta el alma
porque eres buena desde el alma a mí
porque te escondes dulce en el orgullo
pequeña y dulce
corazón coraza
porque eres mía
porque no eres mía
porque te miro y muero
y peor que muero
si no te miro amor
si no te miro
porque tú siempre existes donde quiera
pero existes mejor donde te quiero
porque tu boca es sangre
y tienes frío
tengo que amarte amor
tengo que amarte
aunque esta herida duela como dos
aunque te busque y no te encuentre
y aun aquela noche pase y yo te tenga
y no.
M.B.

Friday, February 17, 2006

Tu... Posted by Picasa
Quem és?
Ainda hoje nem sei bem se sei quem és!
Ás vezes tens a alma de um poeta
outras, as tuas asas estão quebradas
Não voas nos céus onde eu quero voar
Não podes, não ganhaste asas para me acompanhar!
E assim eu sigo olhando nos olhos de quem conheço, procurando ainda ver,
olhos que vejam, olhos libertos quais asas de pássaros cortando céus desertos,
mundos por descobrir,
velas por desfraldar,
alguém que ponha a alma ao leme
e siga por ai,
Comigo, a navegar!

Tuesday, February 14, 2006

A guerra, meu amor... Posted by Picasa

Tantas guerras...tantos cadáveres...tanto sofrimento...tanta falta de amor...

A TEIA A ARANHA A GUERRA
A BALA A BOMBA A SORTE
O CHÃO O SANGUE A MORTE

ASAS DE CONDOR BICOS DE TERROR
POUSADOS EM TRONCOS SONOLENTOS
GIGANTES NO SOLO A APODRECER
CANSADOS DE VIVER NA VERTICAL

UM MONSTRO QUE PASSEIA SEM PUDOR
ENTRE SOPROS ENTRE CORPOS
ENTRE CHOROS ENTRE DORES

A TEIA A SORTE A ARANHA A MORTE

A GUERRA É UMA BESTA EM MOVIMENTO
UMA FESTA DE MONSTROS PARA MONSTROS
COM MUITO FOGO MUITO APARATO
MUITO ESTRONDO E MORTOS
MORTOS MORTOS MUITOS MORTOS

A GUERRA MEU AMOR É UMA SELVA
COM CADÁVERES A FAZER DE RELVA

André Moa

Longe, longe era o país...e ninguém o conhecia...







Imagens de guerra,
Mas quem manda na guerra e obriga os outros a lá irem, armados até aos dentes. dificilmente se lembram que essa gente tem um coração e sentimentos... As fotos são comoventes...

Sunday, February 12, 2006

Adeus Posted by Picasa
Nessa Ausência
Em que me encontro de ti
Nesse desencontro de almas que se procuram, sem cessar
Viajo o pensamento nas asas da ternura
Que te encontram aqui, ali, noutro lugar...
Ás vezes tão perto do amor e da loucura...

Outras vezes tão longe do querer...
A vida que une e desnune e não procura
Reencontrar quem não se quer perder,

Assim, vivemos nós esta amargura,
Do estar e do não estar,
Do ser sem possuir,
O que de melhor em mim há...
Daquilo que de melhor pressinto em ti...
Já nem sei se é fantasia o que quero,
Já nem sei se é loucura o que espero,
Só sei que é ansiedade,
Só sei que se parece com o amor,
Só sei que está perto da dôr,
Aquilo que vejo, que sinto,
Por ti!!
A ausência é um estar!

Sinto-a branca, aconchegada nos meus braços,
Um rio que corre com singelos afagos
E danço e invento brandas alegrias,

Porque a ausência, essa ausência assimilada,
Já faz parte integrante dos meus dias!

Wednesday, February 08, 2006

O amor partiu... Posted by Picasa

O amor partiu para parte incerta...

O amor partiu para parte incerta
Não avisou.
Não se despediu.
Saiu deixando moradas desertas
sem aviso prévio… Partiu.
Quem primeiro notou a ausência foram os poetas
Nas páginas que sem amor ficaram escuras
Nos versos que sem ternura se tornaram raros
Nas palavras que se rasgavam de tão duras.
Os músicos sem amor não encheram pautas,
De notas que eram sons e sons que eram harmonia
E a música tocada sem amor era nota sem Dó, sem Clave sem Sol.
Descompasso.
Agonia.
Correm rumores que sem rota marcada o amor se fez ao mar
Que partiu infiltrado, clandestino num voo espacial
Que caminha errando e errante num deserto sem nome
Procurando a razão de ser.
Primeira.
Original.
Gasto.
Cansado.
Sem aviso prévio
Um dia o amor simplesmente… Partiu.